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Gestão escolar: o que é, quais seus pilares e seus desafios

É sobre:

23 minutos
Profissional cuidando da gestão escolar com alunos na biblioteca.
8 de novembro de 2017

A educação é uma das principais bases da sociedade. Com isso em mente, pode-se imaginar a grande responsabilidade que envolve as tarefas relacionadas à gestão escolar, ou seja, de uma escola, curso, creche ou universidade.

Elas envolvem um contingente imenso de informações e atividades, as quais é preciso analisar para descobrir a melhor forma de gerenciar todos esses processos escolares. Os segredos para assegurar a excelência do ensino ofertado são a qualidade e a eficiência de sua gestão.

Afinal, há mais coisas envolvidas do que apenas o ensino em si. O bom funcionamento de todas as operações do negócio deve permitir que os membros da comunidade acadêmica estejam sempre bem respaldados em suas práticas.

Ao longo deste artigo, é apresentado o conceito de o que é a gestão escolar e como ela funciona, seus pilares, suas vantagens e de que forma é possível auxiliar todos os segmentos da escola. Boa leitura!

O que é gestão escolar?

Antes de nos aprofundarmos propriamente nas vantagens e nas funcionalidades propiciadas pela gestão escolar, é necessário conceituar o que é gestão escolar, de modo a melhor definir aquilo que a caracteriza.

De forma sucinta, a gestão escolar é o conjunto de práticas e processos administrativos, pedagógicos e de liderança utilizados para gerenciar e promover o bom funcionamento de uma instituição de ensino.

Assim, a gestão escolar é uma espécie de modelo educacional elaborado pelas instituições de ensino. O intuito é impulsionar e coordenar diferentes dimensões das habilidades, dos talentos e, também, da dita competência educacional, aprimorando o ensino.

Vale ressaltar que tal conceito se diferencia de “administração acadêmica” ou “administração escolar”. O objetivo da gestão escolar é aplicar princípios e estratégias essenciais para ampliar a eficácia dos processos dentro da instituição e, assim, promover uma consistente melhoria do ensino ofertado aos estudantes.

Ao definir a gestão como elemento prioritário em seu escopo de ações, a escola adquire a capacidade de se concentrar na promoção do crescimento, da coordenação e da organização das condições básicas para afiançar um progresso sustentável.

Na gestão da escola, a preocupação é lidar com todos os aspectos pertinentes às rotinas educacionais. Seu foco primordial é a obtenção de resultados, de empenho na execução de uma liderança exemplar, de relevância do currículo e da participação ativa dos pais.

É relevante considerar que alguns aspectos da gestão escolar são previstos até mesmo na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Surgimento da gestão escolar

Desde a década de 20, os estudiosos da educação perceberam semelhanças entre a administração de escolas e empresas da sociedade. Assim como donos de empresas, os gestores de escolas precisam lidar com fluxo de caixa, pagamento de funcionários, motivação de professores e colaboradores, entre outros aspectos.

A partir dessa percepção, esses estudiosos e gestores começaram a importar conceitos da administração de empresas para a administração das escolas. Com isso, surgiu o que foi chamado de administração escolar.

Porém, da década de 20 até os dias de hoje, a sociedade — e com ela, as escolas — sofreu diversas mudanças. Apesar das semelhanças em alguns aspectos, a escola se diferencia muito de uma empresa tradicional. A educação não é um produto, e o papel da escola vai além de apenas repassar conteúdos para os seus alunos.

Desse modo, os conceitos da administração tradicional criavam um ambiente centralizador e burocrático. E isso não condiz com o que a nova realidade social espera desses novos cidadãos. Também não se adequavam totalmente ao contexto educacional desse tipo de instituição.

Com isso, no final da década de 80, surgiu o conceito de gestão escolar. Assim como a administração escolar, ele também traz para o contexto educacional elementos da administração. Porém, de forma mais adequada à realidade particular que uma escola vivencia. Seu objetivo final é a melhoria do ensino por meio da promoção de condições adequadas para o avanço do processo socioeducacional da escola.

Qual é a importância da gestão escolar?

A gestão escolar é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade de uma instituição de ensino. Mais do que nunca, é preciso adotar uma postura estratégia para estabelecer rotinas e processos inteligentes e otimizados.

Isso fará toda a diferença na hora de oferecer um ensino de qualidade, atrair e reter mais alunos, além de ter uma posição mais competitiva e relevante no mercado.

Quando se investe na gestão escolar e no planejamento estratégico, todas as funções e profissionais da escola trabalham em um fluxo organizado, desempenhando seu papel no processo de ensino-aprendizagem e sem ruídos de comunicação.

Atualmente, o planejamento estratégico tem sido bastante utilizado por gestores escolares nas mais diversas instituições de ensino como uma forma de obter sucesso, visando maximizar os resultados.

O planejamento estratégico trata-se de um instrumento de extrema importância para a gestão escolar, pois é uma ferramenta empresarial a fim de traçar um rumo a ser seguido, com objetivos claros e específicos para que eles sejam alcançados dentro de um determinado tempo estabelecido.

Deve-se considerar as limitações do mercado escolar e da empresa, bem como as ameaças, dificuldades, oportunidades, etc.

Se você deseja potencializar ainda mais sua gestão escolar e torná-la mais assertiva e estratégica, confira nossa seleção de 7 livros com dicas, ideias preciosas e conhecimentos sobre vários aspectos nesse tema:

  • Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática, de José Carlos Libâneo (Editora: Heccus);
  • Liderança em Gestão Escolar – Série Cadernos de Gestão – Vol. IV, de Heloísa Lück (Editora: Vozes);
  • Gestão Democrática na Escola, de Dinair Leal da Hora (Editora: Papirus Editora);
  • Gestão da Cultura e do Clima Organizacional da Escola – Série Cadernos de Gestão – Vol. V, de Heloísa Lück (Editora: Vozes);
  • A Gestão Participativa na Escola – Série Cadernos de Gestão – Vol. III, de Heloísa Lück (Editora: Vozes);
  • Gestão Democrática da Escola Pública, de Vitor Henrique Paro (Editora: Cortez);
  • Gestão Escolar – Perspectivas, Desafios e Função Social, de Eduardo Monteiro e Artur Motta (Editora: LTC – GRUPO GEN).

Quais são os principais tipos de gestão escolar?

Como vimos, a gestão escolar é complexa e envolve uma série de etapas, atores e processos. Por isso, existem diferentes tipos e maneiras de abordá-la. Conheça os principais a seguir.

Gestão escolar online

A gestão escolar online é a administração da educação utilizando tecnologias da informação. O gestor pode usar a internet para gerenciar a secretaria de educação, escolas, alunos e professores. Existem alguns equipamentos e sistemas que podem ajudar na gestão escolar conectada, como:

  • computadores;
  • tablets;
  • smartphones;
  • notebooks;
  • smart tv;
  • roteador e rede wi-fi;
  • switch de rede;
  • rede 4G.

Gestão escolar participativa

Entre os tipos de gestão escolar existe a participativa. A gestão escolar participativa é aquela em que a comunidade participa ativamente do planejamento, execução e fiscalização dos gastos dos recursos da escola.

As decisões são tomadas pelo conselho escolar, formado por representantes dos pais, alunos, professores, coordenadores, secretários e diretores escolares.

Gestão escolar democrática

A gestão escolar democrática tem como princípio a participação de toda a comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Isto requer o envolvimento de pais, alunos, professores, diretores, coordenadores pedagógicos, secretários escolares, secretários de educação e até prefeitos.

Qual é a diferença entre gestão escolar e gestão educacional?

Falando de gestão escolar, é comum surgir uma dúvida: o que seria, afinal, a gestão educacional e qual é a diferença entre esses conceitos? Os dois termos podem parecer semelhantes, mas têm abordagens diferentes.

A gestão escolar está relacionada ao ambiente de ensino, ou seja, tudo que diz respeito ao cuidado e gerenciamento da instituição, sua infraestrutura, diretrizes, proposta pedagógica, etc.

A gestão educacional, por sua vez, está conectada às diretrizes do governo. Ou seja, nesse caso, consideram-se as normas e indicadores avaliativos que o governo utiliza para medir e monitorar o desempenho de sistemas de ensino federais, estaduais e municipais.

Quais são os 7 pilares da gestão escolar?

Para que seja viável a construção da autonomia da escola, em todos os sentidos, a gestão escolar pode se assentar em 7 pilares norteadores, capazes de trazer autonomia em todos os sentidos. Veja quais são eles a seguir.

1. Gestão pedagógica da escola

Esse é o pilar mais importante de todos. Ele deve ser a prioridade máxima da instituição, uma vez que está direta e intimamente ligada à atividade-fim da empresa. Sendo assim, a gestão pedagógica está relacionada a elementos de máxima relevância, tais como:

  • planejar e organizar o sistema educacional;
  • gerir os recursos humanos;
  • melhorar as práticas educacionais;
  • aprimorar as metodologias de ensino;
  • elaborar e implementar projetos pedagógicos;
  • definir metas para otimizar a relação de ensino/aprendizagem.

2. Gestão administrativa da escola

O objetivo principal da gestão administrativa da escola é gerenciar os recursos materiais, físicos e financeiros da instituição.

A gestão é responsável por cuidar do patrimônio e assegurar a coerência de sua utilização. Para garantir que sua atuação seja exemplar, é imprescindível:

  • Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais;
  • Prezar pela manutenção dos bens da empresa;
  • Ter atenção com as atividades rotineiras da secretaria (e de outras áreas) e com operações pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo docente.

3. Gestão financeira da escola

A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos financeiros. Fica sob sua alçada, por exemplo, realizar um levantamento de todas as receitas e despesas, definir o destino dos recursos, fazer a distribuição apropriada do dinheiro conforme as demandas de cada atividade e setor, etc.

A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que todos os setores tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma plena e satisfatória, contribuindo para que a organização alcance seus objetivos de negócios.

4. Gestão de recursos humanos da escola

Obviamente, a sua escola apresenta uma preocupação contínua com os seus recursos humanos. A gestão de RH envolve lidar com o corpo docente, o corpo discente, os pais e os funcionários.

O setor de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse contingente de pessoas ligado direta e indiretamente aos processos da instituição. 

Contudo, o foco deve ser majoritariamente o engajamento e a motivação dos colaboradores, para que eles possam desenvolver as habilidades necessárias para a obtenção de um melhor desempenho da escola.

5. Gestão da comunicação da escola

A gestão de recursos humanos e a comunicação estão, de fato, conectadas uma à outra. Mas esta última diz respeito somente à comunicação realizada internamente na instituição.

Ela trata também da comunicação feita para além dos muros da escola, ou seja, com a comunidade exterior, com o “público”.

6. Gestão de tempo e qualidade do ensino

Por gestão do tempo, entendemos aqui o ato de estimular e proporcionar que todos os setores tenham condições de aumentar a produtividade. E, também, de fazer com que os procedimentos internos apresentem um elevado nível de excelência.

Nesse caso, os gestores devem organizar e coordenar o trabalho, de modo que a equipe obtenha um ótimo desempenho e, consequentemente, reduza ineficiências.

7. Controle acadêmico escolar

O controle acadêmico faz referência à gestão dos alunos, englobando:

  • gestão de matrículas dos alunos;
  • gestão de documentos dos alunos;
  • gestão de transferência e remanejamento de alunos;
  • gestão das turmas dos alunos;
  • gestão dos diários dos professores;
  • gestão das notas dos alunos;
  • gestão da frequência dos alunos;
  • gestão da carga horária dos alunos;
  • gestão dos conteúdos ministrados pelos professores.

Quais são os principais desafios enfrentados pelo gestor escolar?

Como você pode perceber, a gestão escolar está longe de ser algo simples, uma vez que envolve diversos processos e pessoas. Logo, não raro gestores escolares precisam lidar com obstáculos e dificuldades. 

Grande parte desses desafios atinge todas as instituições de ensino, por isso é essencial conhecê-los. São aspectos como:

  • mudanças nas diretrizes de ensino: questões como a introdução da BNCC, o Novo Ensino Médio e outras alterações nas leis de educação apresentam reformulações que demandam adaptações nas escolas;
  • captação e retenção de alunos: divulgar a escola, atrair mais alunos e, ao mesmo tempo, garantir a rematrícula dos estudantes que já estão nas turmas é uma demanda importante;
  • formação docente e capacitação de funcionários: manter a equipe, sobretudo professores e professoras, atualizados é essencial em uma instituição de ensino. Afinal, o papel primordial de uma escola deve ser oferecer uma educação de qualidade, inovadora e alinhada com os novos tempos;
  • comunicação e alinhamento: considerando que uma escola é formada por muitos atores, é crucial investir em ferramentas que otimizem a educação, tanto internamente como com as famílias;
  • inadimplência e evasão: a saída de alunos e a falha no recebimento das mensalidades são aspectos que gestores escolares precisam acompanhar de perto, uma vez que eles impactam a sustentabilidade do negócio.

São muitos os entraves que gestores escolares precisam monitorar a lidar em seu dia a dia. Para contornar muitos deles, é possível contar com a tecnologia e sistemas de gestão que aprimoram os processos. Saiba mais sobre isso no tópico seguinte.

Como a tecnologia ajuda a aprimorar a gestão escolar e contornar os desafios?

Informatizar e automatizar os processos ocorridos no interior das organizações podem ajudá-las a obter níveis aceitáveis de rentabilidade. A tecnologia é extremamente útil para uma série infindável de atividades e tarefas, pois melhora a disposição de diferentes elementos da empresa.

Com o uso da tecnologia, todos os setores da escola podem obter um aumento expressivo em sua capacidade produtiva e na agilidade operacional. Isso, invariavelmente, impacta positivamente a instituição, tanto no ambiente interno quanto no externo.

Na gestão das escolas, os profissionais envolvidos devem acompanhar de perto o que mais importante acontece em todas as áreas. É necessário estar ciente de pontos como:

  • Iniciativas dos professores;
  • Aspectos essenciais de cada planejamento pedagógico;
  • Formas com que estão sendo executadas as decisões anteriormente tomadas;
  • Registros em diários;
  • Desempenhos dos alunos etc.

Reduzir os gastos é um dos objetivos centrais de qualquer negócio. E, com uma escola, não deve ser diferente.

Todavia, algumas instituições resolvem priorizar investimentos na modernização da estrutura, por meio da aquisição e posterior implantação de diversas soluções tecnológicas (talvez as mais importantes, nos últimos tempos, sejam as que apontam no sentido da automação).

O intuito é melhorar os processos de trabalho e empreender melhorias: tudo isso por meio de sistemas de gestão. Pensando nisso, separamos para você as vantagens centrais da implantação do sistema de gestão nas escolas. Acompanhe:

1. Otimização de tempo e processos

O sistema de gestão nas escolas, ou gestor escolar web, permite que todos os dados sejam integrados, armazenados e organizados de forma inteligente. Dessa forma, é possível agilizar as atividades, o que resulta em uma economia de tempo.

Como consequência, os processos pedagógicos adquirem um dinamismo enorme, uma vez que o sistema de gestão confere maior praticidade às operações.

2. Eliminação do retrabalho

Quando não são registradas corretamente ou são insuficientes, pode haver muita confusão no manejo das informações. E, consequentemente, as ações executadas a partir delas incorreram em erros e falhas mais ou menos graves e danosas à empresa.

Esse tipo de situação gera a necessidade de retrabalhos, implicando em perda de tempo e energia (preciosos recursos que poderiam ser mais bem empregados). Há também uma queda nos níveis de produtividade.

Com o software de gestão educacional — em virtude, principalmente, da integração dos dados —, o retrabalho é eliminado. E isso resulta na otimização de procedimentos internos.

3. Maior acessibilidade das informações

Nos moldes tradicionais de gestão, sempre que uma informação é requerida, é preciso recorrer pessoal e diretamente aos setores responsáveis, que, por sua vez, devem interromper suas atividades correntes para atender a essa demanda.

Com o auxílio do sistema de gestão para escolas, as informações (como a quantidade de faltas e o boletim do aluno) são devidamente digitalizadas, portanto, podem ser facilmente acessadas, de forma rápida, simples e segura.

4. Facilidades operacionais

O sistema integrado permite ao quadro de funcionários e aos gestores estarem a par da situação de cada aluno não somente em termos acadêmicos, mas também na questão dos débitos, o que contribui com o controle de eventuais situações de inadimplências. De fato, as questões burocráticas podem obter um grande auxílio em suas resoluções.

5. Padronização dos processos da escola

Quando os processos da escola seguem um padrão bem específico, são otimizados os recursos, o tempo, as atividades e assim por diante. A padronização de todos os processos é algo proporcionado pelo sistema de gestão escolar.

6. Gestão escolar administrativa

A gestão educacional, com o auxílio de um sistema eficiente, se torna uma ferramenta valiosa na coordenação das práticas administrativas. Os objetivos centrais devem ser os seguintes:

  • Articular e integrar os diferentes setores que compõem uma escola (administrativo, financeiro, recursos humanos etc.);
  • Ampliar a comunicação entre alunos e professores;
  • Mesclar os dados de forma a embasar as tomadas de decisões;
  • Analisar com maior profundidade diferentes contextos e cenários.

7. Organização e análise de dados

Um sistema de gestão escolar que realmente possua um bom nível de excelência e possibilite a todos os setores da escola, altos níveis de integração e agilização de atividades importantes, tais como:

  • Diminuição de custos;
  • Controle de débitos;
  • Captação de novos alunos;
  • Melhorias nas práticas educacionais;
  • Atividades de faturamento e orçamento;
  • Armazenagem de dados, entre outras.

8. Implementação de equipes de alta performance

Um dos mais incríveis proveitos proporcionados pela gestão da educação é o incentivo à qualificação da equipe de profissionais que compõem a instituição. 

Não somente em relação ao conjunto do corpo docente, mas todo o contingente de funcionários que trabalham na escola em questão, sobretudo os pertencentes ao setor administrativo.

Tal setor é, portanto, essencial, uma vez que se encontra sob sua ação direta o oferecimento de suporte para as demais áreas. 

Se ele funciona bem, as atividades prioritárias (ligadas às questões educacionais e pedagógicas) conservam maiores chances de sucesso, uma vez que o conjunto de colaboradores exibe melhor desempenho e produtividade.

9. Investimentos contínuos

Quando os investimentos são devidamente planejados e adquirem um ritmo constante, sobretudo no setor administrativo, a instituição colhe os frutos de um quadro de colaboradores mais qualificado. 

Outra consequência é a aquisição de equipamentos e sistemas que contribuem com a execução de tarefas variadas.

10. Otimização de recursos

Todos os projetos de cunho educacional elaborados pela escola não funcionam sozinhos — e seus reflexos e impactos não são perceptíveis apenas nas questões propriamente pedagógicas.

Quando um projeto se mostra exitoso, esse sucesso é capaz de influenciar de modo positivo o setor administrativo. Ele também contribui decisivamente para gerar uma receita maior do que aquela que seria alcançável antes de sua implementação.

Por outro lado, quando os planos educacionais e os projetos pedagógicos não dão certo, um impacto negativo pode ser causado por essa área. E, concomitantemente, poderá acarretar perda de receita e desperdício de recursos.

Com a implementação da gestão educacional, porém, as reverberações de sua influência podem ser sentidas, em larga escala, também sobre o setor administrativo. Isso porque há um processo gradual de otimização de recursos e geração de novas fontes de maiores receitas para a escola.

11. Comunicação mais efetiva

Independentemente das particularidades de cada equipe de trabalho, ela sempre funcionará melhor e produzirá mais resultados quando a comunicação entre os membros for, de fato, eficiente. Para atingir esse objetivo, as reuniões, os treinamentos e os feedbacks são indispensáveis na definição de padrões de trabalho e da conduta profissional.

Além disso, estruturar os processos de modo mais organizado e inteligente, com a assistência facilitadora das tecnologias, gera interações mais eficientes no ambiente de trabalho.

12. Gestão de turmas e planejamento escolar

Um aspecto muito importante no ambiente escolar é a questão das turmas. A formação, a organização e o controle delas são essenciais para que as aulas sejam bem-sucedidas, os professores fiquem satisfeitos e os alunos tenham um maior aprendizado.

Quem não atua na área educacional costuma acreditar que a formação de turmas não tem traços definidos e que tudo pode ser feito de modo aleatório, mas não é bem assim. Essa atividade obedece a alguns critérios específicos.

Um dos principais pontos dentro do processo de ensino e aprendizagem são as aulas. São nelas que ocorre a interação entre docentes e discentes. Ora, é justamente a qualidade dessa interação que determina, em grande parte, o sucesso da construção de conhecimento dos estudantes e o aprofundamento da experiência didática dos educadores.

Para que cada aula seja capaz de apresentar resultados positivos, é necessário haver uma etapa prévia de preparação consistente. Em outras palavras, por mais que a realidade de cada aula seja única (o que faz com que seja impossível prever todos os seus desdobramentos), é crucial a existência de um planejamento escolar tão minucioso quanto possível.

Além de planejar o conteúdo a ser abordado, é preciso pontuar qual a linha de raciocínio, os objetivos a serem alcançados, as atividades a serem feitas, as avaliações e assim por diante. Todos esses tópicos devem ser considerados como interligados e interdependentes em relação à gestão da escola.

Por quê? Bem, porque toda escola deve elaborar o planejamento escolar pensando cuidadosamente no sistema de ensino que pretende aplicar, ter claros os princípios, valores e missão da instituição, elaborar projetos pedagógicos etc. Todos esses elementos nortearão a preparação das aulas e a gestão das turmas.

São definidos, nesses processos da gestão escolar, quais conteúdos podem e devem ser apresentados para cada uma das turmas, conforme a série em questão, além de abordagens e metodologias próprias a cada uma de suas necessidades específicas.

Os conteúdos e as abordagens das disciplinas para o 6º ano do ensino fundamental, por exemplo, são diferentes daqueles que são destinados aos alunos do 3º ano do ensino médio. Não apenas as matérias são distintas, mas o grau de aprofundamento e a metodologia de ensino também.

Tudo isso pode (e deve) ser delimitado nos planejamentos e nas definições de estratégias das reuniões de gestão escolar. Os professores devem se sentir à vontade e com toda a liberdade e autonomia, mas também precisam, de certa forma, estar em consonância com aquilo que foi deliberado.

Além disso, como mencionado, é fundamental a definição de critérios para a formação das turmas, pois isso pode ajudar na dinâmica da sala de aula e, desse modo, influenciar a aprendizagem de todos que a compõem.

O melhor modo de gerir as turmas, de maneira democrática e promissora, é com base no princípio da diversidade. As turmas devem unir diferentes perfis de alunos, isto é, tanto os indisciplinados quanto os que apresentam um bom aproveitamento em notas, incluindo também os estudantes com necessidades especiais.

Deve-se, ainda, juntar alunos que se relacionam bem e promover a separação (no que se refere à montagem das turmas) daqueles cuja socialização vem a desfavorecer ambas as partes, bem como o trabalho do professor e o rendimento da classe.

Enfim, é necessário intervir ativamente na constituição das classes. Assim, é possível favorecer e estimular o desabrochar de talentos e do potencial latente de cada aluno.

13. Gestão de matrículas

Uma responsabilidade capital do gestor escolar diz respeito às matrículas dos alunos. Essa é uma operação bem mais complexa e ampla do que se costuma imaginar e demanda ações elaboradas e eficientes.

O processo de matrícula escolar deve proporcionar aos pais e alunos um sistema eficaz, confiável e que se adapte às transformações e novas realidades configuradas pelo mercado de trabalho. Além disso, ele precisa ser qualitativamente positivo, inteligente e funcionar perfeitamente.

Um elemento central para o crescimento da escola, em termos quantitativos, é a captação de novos alunos. É muito importante que sejam encontrados meios para se elevar o número de matrículas realizadas e, também, evitar que o índice de evasão escolar aumente.

Em outras palavras, os gestores devem se empenhar não somente em conseguir um número cada vez maior de matrículas, mas em assegurar que os alunos matriculados não abandonem a escola e não deixem de pertencer ao quadro regular. Deve-se garantir a permanência deles na instituição.

Um dos modos de captar novos alunos é fazendo uma boa gestão das matrículas. E, para garantir que isso aconteça, o uso de novas tecnologias nesse processo pode ser uma ferramenta valiosa.

O sistema de matrículas da escola em questão deve estar sempre devidamente atualizado, além de ser rápido e simplificado. A agilidade e a facilidade acabam se tornando grandes atrativos para alunos e pais.

Se, por outro lado, o sistema de efetuação de matrículas se mostra excessivamente burocrático, difícil de ser manejado, lento e obsoleto, pode haver a perda de interesse na matrícula. E, inclusive, a visão que as pessoas têm daquela escola pode ser afetada.

Em um mundo onde a tecnologia é cada vez mais presente e atuante, há uma quantidade considerável de recursos disponíveis que podem solucionar com louvor a questão das matrículas.

Um sistema de matrículas mais simplificado, sem burocracias desnecessárias, eficaz, rápido e automatizado pode se tornar um diferencial gigantesco e contribuir com a construção de uma boa reputação da escola perante o público. E, é claro, o número de matrículas efetuadas na organização aumentará.

O sistema para a gestão de matrículas, além de todas as qualidades citadas, deve também garantir que as informações sejam tranquilamente acessadas, sem dificuldades ou demoras. É preciso fazer com que a troca de informações ocorra sempre de forma segura, prezando pela proteção e pelo sigilo dos dados armazenados.

Uma gestão escolar eficiente é um pilar básico para o ensino de qualidade. Tendo o aluno como foco, as demais ações da escola podem e devem ser direcionadas à construção de uma experiência de aprendizagem inovadora e eficaz.

A gestão escolar também se mostra útil para viabilizar a eficiência da instituição nos mais diversos setores (além do pedagógico): administrativo, financeiro e assim por diante. Afinal, tais áreas são a base na qual se assentam as ações pedagógicas (portanto, também precisam funcionar adequadamente).

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A gestão escolar e o ensino de qualidade

Como observado, a gestão do ensino se apresenta como uma excelente alternativa para proporcionar às instituições educacionais uma gestão eficiente em todos os sentidos e aspectos possíveis. Tendo o aluno como foco, todas as demais ações da escola podem e devem ser direcionadas à construção de um ensino de qualidade.

A gestão escolar também se mostra útil para viabilizar a eficiência da instituição nos mais diversos setores (além do pedagógico): administrativo, financeiro e assim por diante. Afinal, tais áreas são a base na qual se assentam as ações pedagógicas (e, portanto, também precisam funcionar adequadamente).

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